Mais que um bloco, o Ilê Aiyê

O bloco fundado em novembro de 1974 é um dos mais antigos da Bahia, nascido no bairro do Curuzu, tem como lema preservar, valorizar e expandir a cultura afro-brasileira, em música, dança e festa.

Do iorubá, Ilê = casa, Aiyê = Terra, a “nossa casa”, a “nossa Terra”, que traduz a ligação com as raízes ancestrais dos orixás e com a herança dos costumes sociais e culturais da mãe África.

“Que bloco é esse

Eu quero saber,

É o mundo negro

Que viemos mostrar pra você

Pra você

Somos criolo doido

Somos bem legal

Temos cabelo duro

Somos black power”

(Paulinho Camafeu)

Um dos fundadores do Ilê Aiyê, é o Antonio Carlos dos Santos, o Vovô do Ilê, que preserva e defende que a formação do bloco seja apenas por integrantes negros. Interessante é que o bloco foi fundado em pleno regime militar, um bloco apenas de negros, voltado para a comunidade negra, não foi fácil.

“Ilê Aiyê, sua beleza se transforma em você”, versos da música “Canto de Afoxé”, de Caetano Veloso. O Ilê já se apresentou em diversos países, como Angola, Alemanha, China, Colômbia e Itália.

O bloco afro Ilê Aiyê também investe em ações educativas exemplares. Aliando práticas pedagógicas e culturais, proporcionando desenvolvimento social às crianças e aos jovens da comunidade do Curuzu e bairros vizinhos.

O “Projeto de Extensão Pedagógica do Ilê Aiyê” conta com três espaços educativos que valorizam a pluralidade social e cultural da sociedade baiana.

“Ilê Aiyê que maneira mais feliz de viver”

(Caetano Veloso)

 

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