Em 2018 foi realizado um estudo com todas as 26 capitais brasileiras e o Distrito Federal a fim de mapear informações e classifica-las segundo o potencial para a prática de atividades físicas. Quer seja para o lazer ou para locomoção. Salvador ficou em 18º. lugar o ranking publicado pela Revista Saúde, conforme pesquisa publicada na Revista Saúde em 01 de novembro de 2018 (Editora Abril).
Os princípios de avaliação do ranking não avaliaram os comportamentos individuais ou em grupo da população, mas, sim, as condições oferecidas pelas cidades. Foram analisados critérios como a iluminação pública, a qualidade das calçadas, o sistema de transporte público, estrutura viária para atividade física, o desenho urbano, segurança pública, mortes no trânsito e criminalidade.
Se a cidade não oferece condições adequadas, é natural que muita gente se sinta desestimulado ou diz não ter tempo para praticar exercícios. A atividade física deve ser um direito e uma opção possível para todos os moradores da cidade. Todas as pessoas devem ter acesso e condições para realizar atividade física em seu dia a dia, se assim o desejarem.
O estímulo à prática de atividade física vai muito além de aspectos individuais. O ambiente construído, o transporte e as políticas públicas, entre outras questões, influenciam na forma como o indivíduo irá se deslocar ou mesmo se irá optar em praticar algum tipo de atividade física ao ar livre.
Estudos mostram que os brasileiros se esforçam pouco fisicamente, não tendo por hábito a prática de exercícios e nem mesmo praticando o chamado “deslocamento ativo”, que é quando o cidadão se locomove a pé ou de bicicleta entre a sua residência e o trabalho, por exemplo.
A prática de exercícios ao ar livre não traz só benefícios para o indivíduo, mas é comprovado o reflexo em suas relações sociais e maiores cuidados com a praça, o bairro e a comunidade. A interação entre os moradores faz crescer a sensação de comunidade, de ambiente comum a todos. Quando o indivíduo se locomove a pé ou de bicicleta entre a sua casa e a escola do filho, por exemplo, pode também estimular o crescimento de mercados locais, aumento de emprego na região próxima à sua residência e por aí vai. Isso é o chamado “uso misto do solo”, que é quando as áreas comerciais e residenciais estão presentes conjuntamente na região.
Infelizmente o olhar fragmentado da gestão pública é muito perceptível na realização de obras que não se comunicam entre si. Defende-se um projeto para a saúde, outro para a educação e um terceiro para os esportes, quando tudo deveria estar interligado. Obras visando o bem comum à população e com objetivos integrativos. Juntamente com as políticas públicas bem alinhadas, tem-se também um ambiente mais amistoso para o deslocamento ativo, resultando em cidadãos se sentindo com mais segurança. Tudo isso também reverte em economia para o governo, pois com uma população mais ativa, com mais senso de comunidade, os planejamentos de investimentos podem se voltar para atividades mais integradas e com maiores chances de resultados e médio e longo prazo.
Áttila Torres
Presidente do Podemos Esporte Bahia, Educador Físico, Gestor Esportivo, Administrador, Grão Mestre em Taekwondo. Condutor da Tocha Olímpica nas Olimpíadas do Rio 2016, Especialização nos Estados Unidos e Coreia do Sul.
Conhecido no meio esportivo como Grão Mestre Áttilla Torres, Faixa Preta 8° Dan de Taekwondo, registrado como Grão Mestre no Kukkiwon (Quartel General Mundial do Taekwondo, localizado na Coréia).
Iniciou a prática da modalidade no final da década de 70, na cidade do Salvador (BA), com os lendários lideres Prof. Aristóteles Leal – Totinho (in memorian), e Grão Mestre Jung Do Lim (introdutor da modalidade no Estado da Bahia).
Após o falecimento do Prof. Aristóteles em 1986, treinou um período com o Prof. Fernando Marques, que após o seu afastamento, integrou a equipe do recém chegado mestre coreano Sin Cheol Lee. Após a viagem do Mestre Lee para os Estados Unidos, Áttilla Torres assumiu a liderança do esporte no Estado da Bahia. Atualmente é aluno do Grão Mestre Yeo Jin Kim.
Mestre Áttilla conquistou seu primeiro título estadual em 1990, ganhando por cinco vezes consecutivas medalhas em Campeonatos Brasileiros (de 1993 a 1997). Tendo conseguido repetir a conquista mais uma vez em 2009.
Inclusive nunca perdeu, enquanto atleta, nenhuma seletiva Estadual (de 1990 a 1997). No período em que morou nos Estados Unidos participou de diversas competições no Estado da Florida, erguendo no podium a Bandeira Brasileira por diversas vezes.
Mestre Áttilla Torres foi condutor da Tocha Olímpica nas Olimpíadas do Rio 2016, representando a cidade do Salvador (BA). Também foi tema da Lei Municipal nº 8.547/2014, que institui 16 de janeiro como o “Dia do Taekwondo” em Salvador, data que se tornou o primeiro Grão Mestre do Estado da Bahia. Em 2017 foi protagonista no documentário “Quem foi seu Mestre?” exibido na rede de canal fechado e foi o autor da coleção Taekwondo Vídeo Aula 1998.
Áttilla Torres fez especialização em Taekwondo na Coréia do Sul nos anos de 1995, 1998 e 1999. Foi para os Estados Unidos em 1999 a convite do Mestre Sin Cheol Lee. Durante este período, além de dar aulas de taekwondo, também estudou Marketing e participou de diversas competições de Taekwondo. Logo depois, representou o Brasil na Grécia, acompanhando a equipe brasileira de Taekwondo junto ao Campeonato Mundial Universitário, com uma rápida passagem pela Itália onde participaram de treinamentos.
Por diversas vezes ocupou o cargo de técnico da Equipe Baiana de Taekwondo. Áttilla Torres foi campeão baiano pela sua equipe de 1990 à 1997, ganhando também diversas medalhas em Campeonatos Brasileiros de 1993 à 1997 e em 2009. Sendo figura de destaque também como Arbítrio Nacional e dirigente.
Afora o perfil de esportista, Mestre Áttilla Torres também é profissional em Educação Física, Administrador, Professor Universitário, Radialista, Palestrante, Especialista em Gestão Escolar, Gestão Esportiva e Marketing, Metodologia e Didática das Artes Marciais. Recebeu o Título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Corporativa das Américas – UNI-A (2008) e Erich Fromm World University Inc (2014).
Atualmente é Diretor Geral da Rede UNIGAT de Educação, Integrante da Comissão de Artes Marciais do Conselho Regional de Educação Física da 13ª Região – CREF13/BA e Diretor de Artes Marciais da Federação Universitária Bahiana de Esportes.