Décadas de retrocesso: como a Covid-19 vai ampliar a pobreza e a desigualdade no país

A epidemia do novo coronavírus atropelou a tímida recuperação econômica do Brasil e destruiu qualquer expectativa de manter o plano de crescimento e redução do desemprego. Mal recuperado da última recessão, o país já embarca em uma nova crise, que deve culminar em décadas de retrocesso no que diz respeito ao combate da desigualdade social.

Com a Covid-19, milhões de brasileiros serão submetidos à pobreza. São pessoas que não engrossavam essas estatísticas antes, mas serão, sim, afetadas pela queda abrupta, se não total, da renda. Elas não necessariamente vão permanecer pobres, mas a recuperação será lenta.

O cenário todo é de incertezas. Os mais pobres e vulnerabilizados já estavam perdendo renda no cenário pré-crise do coronavírus – a extrema pobreza avançou 67% entre 2014 e 2018 e a renda dos 5% mais pobres caiu 39%. A informalidade dominou o mercado de trabalho e já havia um processo de histerese – apesar da taxa de desemprego alta, mesmo as melhoras econômicas eram insuficientes para uma redução robusta do indicador. O Bolsa Família passava por um arrocho, sem reajustes e com a tentativa do governo de diminuir, na marra, a quantidade de famílias beneficiadas.

 

ÍNTEGRA DA REPORTAGEM NO SITE DO JORNAL GAZETA DO POVO

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