Por que a mulher ainda morre durante a gravidez ou após dar à luz?

28 DE MAIO –  DIA INTERNACIONAL DE LUTA PELA SAÚDE DA MULHER

Hoje é o Dia Internacional de Luta Pela Saúde da Mulher e o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna

As datas foram criadas para chamar a atenção e conscientizar a sociedade sobre os diversos problemas de saúde e distúrbios comuns na vida das mulheres que, conforme dados do último censo do IBGE, representam 51% da população brasileira.

Câncer de mama, endometriose, infecção urinária, câncer no colo do útero, fibromialgia, depressão e obesidade estão entre as principais doenças que afetam o sexo feminino. Esse quadro é atribuído em parte a dupla jornada feminina: trabalho e atenção a família, fazendo com que muitas deixem, inclusive, de fazer os exames periódicos preventivos.

Projetos que tratam de equivalência salarial e do combate à violência de gênero tramitam no Senado Federal.

Há também a questão da mortalidade materna que, embora venha caindo, ainda é um ponto de alerta. Ponto este agravado pela pandemia.

Apesar do muito que já se avançou no Brasil em relação à atenção ao parto, há ainda um longo caminho a ser percorrido. Em nosso país quase todos os partos são realizados em serviços de saúde. É imprescindível que estes tenham uma estrutura adequada, equipes treinadas e que utilizem protocolos atualizados e embasados nas melhores evidências científicas disponíveis. Oferecer atenção adequada no momento oportuno é a chave do sucesso.

Num cenário de pandemia, especialistas divergem entre “quase difícil” e “possivelmente não” quanto ao cumprimento desse objetivo. Anna Cunha, oficial do Programa em Saúde Sexual e Reprodutiva na ONU, é mais otimista, justamente porque a maioria das mortes é provocada por complicações obstétricas ou intervenções, omissões ou tratamento incorreto.

Problemas esses, em sua avaliação, solucionados com atendimento de qualidade. “É possível, sim, reduzir mais. O problema é que, mundialmente, além de muitos serviços fecharem ou se limitarem a horários de atendimento, as mulheres agora ficam com medo de sair de casa por causa do coronavírus.

 

Íntegra da matéria publicada na coluna UNIVERSA (site UOL)

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